sexta-feira, 1 de maio de 2009

O FATO: UM JOVEM PREOCUPADO

( FINAL )

O texto bíblico do FATO desta quinzena se encontra no Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículos 17 a 27.

O que estava faltando àquele moço?

1 - A pobreza? Pode parecer à primeira vista que era a pobreza. Mas não era. A pobreza não é condição de vida eterna. Jesus não nos ensina isso. Ao contrário, o pecador pode ser rico e achar a vida. A riqueza pode dificultar a entrada do homem no reino, mas não decorre que seja absolutamente indispensável ao homem abandonar seus bens para se salvar.

2 - A fé? Não era a fé. Ele era um homem que cria. Acreditava em Deus, nas Escrituras e na vida eterna. A fé é indispensável à salvação, mas é preciso ter fé na direção certa. Não basta cre; é preciso crer bem e suficientemente. A fé salvadora é alguma coisa mais do que a fé comum. Nela existe o elemento volitivo que nos leva à ação, à obediência.

3 - Amor ao Próximo? Não, não era. Esse amor ele abrigava em seu coração (Mateus 19.19). Muitos ficam satisfeitos com a obra social que fazem, como o amor que revelam ao semelhante necessitado. Isso pode ser muita coisa, mas nada é para termos a vida eterna. Praticamos as boas obras porque temos a salvação e não para obtê-la.

4 - Faltava-lhe JESUS CRISTO. O Senhor queria que ele lhe fosse submisso. Deu-lhe duas ordens: e . Jesus queria que ele se entregasse incondicionalmente a Deus. Faltava-lhe reconhecer a absoluta soberania de Deus e submeter-se a ele. Quando Cristo lhe falou dos mandamentos não se referiu aos que dizem respeito a Deus. Se o moço fosse capaz de observá-los, teria a vida eterna, pois seria capaz de entregar-se inteiramente ao seu Senhor. Jesus ensinou: "A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17.3). A vida eterna é a entrega e submissão incondicional a Cristo. O jovem rico não estava pronto a submeter a um Deus que exigia dele coisas por demais difíceis. É o que ainda hoje acontece amigo leitor. Muitos querem a vida eterna e reconhecem que Jesus Cristo veio para nos salvar, porém não querem se comprometer com a vida de santificação, com o serviço cristão, com o compromisso de viverem somente para Jesus. Eles desejam uma religião fácil. E porque não se entregam, porque não se submetem, conhecem Cristo, encontram-se com ele, mas não têm a vida eterna.

Então, prezado leitor, o moço voltou triste daquele encontro com Jesus, contrariado, pois era muito rico. Obedeceer a Cristo em tudo era-lhe impossível.

Perguntou ao Mestre o que devia fazer, mas não foi capaz de pôr em prática o que era pedido. Que contraste, prezado leitor, entre este jovem com o apóstolo Paulo! Era também um jovem rico, de posição, mas não teve dúvida alguma em seguir a Jesus (ler Gálatas 1.16; 2.19 e 20).

A riqueza é boa oportunidade oferecida aos homens. Quem tem muito dinheiro, tem também muita responsabilidade diante de Deus. Mas as riquezas são acompanhadas de grandes perigos e por isso, amigo leitor, não podemos confiar nelas.

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