segunda-feira, 21 de junho de 2010

PAULO EM ÉFESO

(PRIMEIRA PARTE)

O texto bíblico do FATO deste número se encontra no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 19, versículos 23 a 41, que tem como texto central; "TORNAI-VOS, PORTANTO, IMITADORES DE DEUS COMO FILHOS AMADOS, E ANDAI EM AMOR, ASSIM COMO CRISTO TAMBÉM VOS AMOU (Efésios 5.1 e 2).



I - INTRODUÇÃO

Partindo da cidade de Antioquia da Síria, mais ou menos em 53-54 A.D., já na sua terceira grande excursão missionária, o apóstolo Paulo resolveu visitar as Igrejas da Galácia e da Frígia, prosseguindo até chegar a Éfeso, importante cidade à margem do rio Caístro, chamada o PRIMEIRO OLHO DA ÁSIA. Era o principal centro comercial da Ásia do ocidente, gozando o privilégio de ser a capital da província. Éfeso era uma fortaleza viva do paganismo, onde medravam todas as superstições. Era particularmente afamada pela prática de artes mágicas e pelo célebre culto da mitológica deusa Diana, uma das doze divindades supremas dos pagãos. Tinha o nome de Luna (Lua), no céu, de Diana, na terra, e de Hecate, nos infernos. Era adorada como a NOSSA SENHORA do povo, com vários nomes, de Lucina, Proserpina, Trívia, e assim por diante. Ora, era representada vestida de caçadora, com uma crescente na cabeça e um arco de caça em mãos; ora, como uma dama de três faces, trazendo instrumentos de flagelação, e, ainda, como uma boa mãe, cheia de seios maternais, símbolo de suas bênçãos fecundas, na opinião dos seus adoradores.

O templo de diana estava situado no fundo da baía. Adornado com os mais ricos tesouros de todas as nações, e exibindo um esplendor arquitetônico verdadeiramente assombroso, era considerado uma das sete maravilhas do mundo de então. Éfeso, politicamente, era uma das cidades livres do Império Romano. O povo amava o luxo e a dissolução. Mas entre eles Paulo passou três dos mais ricos anos de seu ministério. Noite e dia pregou ele, com lágrimas, o Evangelho em casas particulares, na sinagoga e na escola de Tirano. Já próximo ao fim de um ministério fiel e eficiente nesse lugar, talvez no ano 57, o Apóstolo encontrou oposição tenaz e tumultuosa. Mas, assim que serenou a tempestade, partiu para a Macedônia em prosseguimento dos seus planos na propagação do Evangelho.

II - O TUMULTO EM ÉFESO

O ministério promissor de Paulo na grande cidade, onde coisas impressionantes estavam ocorrendo (ler versículos 19 e 20 do texto básico acima), despertou tremenda perseguição, degenerada em furioso tumulto, por parte dos fabricantes de santos e verônicas e medalhas e santuários em miniatura, da deusa da cidade -- a padroeira local, Diana. Os joalheiros e ourives foram os originadores de tudo, tendo à frente o chefe deles, segundo parece, de nome Demétrio.

Com o êxito da pregação do Evangelho na cidade, era visível e notável o decréscimo da idolatria. Em consequencia do ministério de Paulo, o negócio da fabricação de ídolos em Éfeso estava declinando sensivelmente. Os ourives da cidade notaram a queda no mercado de nichos de prata, e determinaram livrar-se de Paulo.

Demétrio, o presidente do Grêmio, convocou uma reunião quando astuciosamente advertiu que a fonte de sua prosperidade estava sendo paralisada por Paulo, cujo trabalho tendia a fazer com que o templo perdesse completamente a sua fama e a roubar a grande deusa de toda sua glória. A multidão, indignada, gritava: "Grande é a Diana dos efésios!"
Texto de ASSIS FERREIRA DA SILVA - extraído de FOLHA DO ASSIS http:www'folhadoassislxpgçom'br

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

sábado, 5 de junho de 2010

PAULO EM FILIPOS



(SEGUNDA PARTE)

O texto bíblico do FATO deste número se encontra no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 16, versículos 16 a 34, que tem como texto central; "CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, TU E TUA CASA" (Atos 16:31).

Inicialmente, queremos pedir desculpas a você prezado leitor pelo erro que cometemos no número anterior quando colocamos PAULO EM CORINTO. O CORRETO É PAULO EM FILIPOS. Os demais escritos estão corretos.

Agora, dando continuidade ao FATO DE PAULO EM FILIPOS observamos que o testemunho da moça pitonisa era, aparentemente valioso.

Ela, com os seus gritos públicos, chamava a atenção do povo para os missionários. Era um anúncio grátis da obra... Falava em altas vozes um testemunho verdadeiro. Não eram palavras de desprezo, de achincale ou de grosseiras tolices. Diziam mesmo o que eles eram e a missão alta a que se entregavam. De qualquer modo, a moça gritava às massas, atraia a curiosidade pública aos pregadores... Mas, tudo isso era falso. era tentação. Era arma do maligno. Repetia o diabo o seu antigo método de alcançar, de algum modo, o direito de aliança, de sócio e de auxiliar da causa santa. Repetia a tentação do deserto: "Tudo te darei se, postrado, me adorares", se me tomares como colega e companheiro no trabalho...

Entretanto, Paulo, orientado pelo divino Espírito, reconheceu o dedo oculto do inimigo e o repeliu formalmente. Fez muito bem. A causa de Jesus não tem nada com as trevas; mesmo quando se apresentem mentirosamente como luzes de bondade e até de piedade, são armadilhas. Recebesse Paulo o testemunho da médium, ficaria identificado com aqueles que exploravam a superstição das massas; seria apenas mais um sócio dos ilusionistas e médiunistas da cidade, bastante conhecidos... O Evangelho seria comparado à crença dos pagãos e perderia todo o seu valor e nobreza.

Lembre-se, prezado leitor, de que o diabo faz assim. Uma de suas astúcias é vestir-se de ovelha, de cristão, de amigo, de "pastor", de "defensor da fé", de proclamador gratuito do Cristianismo para, no fim, rebaixar a causa gloriosa.

Sirva o exemplo de Paulo de advertência a todos os que pregam o Evangelho... Alianças fáceis com credos estranhos; amizade com doutrinadores de todas as formas; tolerância a tudo quanto é ensino "de fora"; apoiar grupos que se vão formando mesmo dentro da igreja, a título de "consciências feridas", tudo isso é o demônio de Filipos, é a mentira do adversário solene...

III - SEGUNDA DIFICULDADE

Barrado o inimigo na sua primeira investida contra o Reino em marcha, na grande cidade, "miniatura da capital romana", pôs ele em campo novas forças.

Agora usou a perseguição. De fato, os donos do negócio, que ludibriavam a boa fé dos incautos, usando a pobre moça obsedada, vendo perdida sua fonte de renda, com a cura da jovem adivinhadora, reuniram-se e, com mentiras e calúnias, prenderam a Paulo e Silas e os levaram à justiça romana, tendo o apoio da grande multidão exaltada. Prendendo os dois missionários, açoitaram-nos vigorosamente e os mandaram para o cárcere, como se fossem dois delinquentes célebres.

É importante notarmos aqui, prezado leitor, a astúcia dos perseguidores. Antes de tudo, frisaram que os dois presos eram estrangeiros: "estes judeus..." (conforme versículo 22). Despertavam, assim, o antigo e inveterado ódio de raça contra os pobres missionários. Depois, mentindo, argüiram que eram perturbadores da ordem (o maior crime naquele e nos nossos tempos, contra o regime vigente de uma nação); e, além disso, eram pregadores de "costumes" proibidos, isto é, ritos e crenças que as leis romanas tinham como ilícitos.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)
Texto de ASSIS FERREIRA DA SILVA

quarta-feira, 2 de junho de 2010

PAULO EM FILIPOS



(PRIMEIRA PARTE)

O texto bíblico do FATO deste número se encontra no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 16, versículos 16 a 34, que tem como texto central; "CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, TU E TUA CASA" (Atos 16:31).

I - INTRODUÇÃO

Lídia foi a primeira asiática convertida em solo europeu, assim como Cornélio foi o primeiro europeu convertido em solo asiático (Atos 10 e 11).

Foram como que as margens espirituais em que o Evangelho construiu a ponte da graça, unindo europeus e asiáticos numa só família, família de fé no senhor.

Certa moça, escrava, dotada de poderes malignos de advinhação, e pertencente a certa companhia comercial que explorava essa sua faculdade de predizer o futuro, ganhando com isso somas fabulosas para os seus senhores. Acompanhavam todos os dias os missionários (os quais se achavam residindo em casa de Lídia e pregavam todos os dias à beira do rio), dando um testemunho verdadeiro, mas indesejável, do caráter e da missão deles. Paulo, finalmente, virou-se para a pobre moça expulsou dela o espírito mau em que existia todo seu poder de advinhação. Seus donos, então, lançaram mão de Paulo e Silas e os arrastaram violentamente para o FÓRUM, a fim de serem julgados.

II - A PRIMEIRA DIFICULDADE

A história e a evolução da obra de missões, tanto apostólica quanto da Igreja em todos os tempos exemplificam, quase num ritmo matemático, que, ao lado das oportunidades felizes que se abrem à causa, existe a ação intensa e desesperada do maligno no sentido de obstruir a marcha do reino Sagrado

Assim foi em Filipos. Logo que a semente começou a medrar aí, o demônio abriu logo a sua seara infernal de recursos sutis e ocultos para por em prática todo o seu arsenal de guerra contra as missões cristãs. Mas o adversário não quis para logo apresentar-se tal como era e como é. Ao zelo apostólico na prédica da Palavra e na freqüência às reuniões de oração, tentou Satanás ajuntar o seu apoio indesejável. E foi assim, que certo dia, surgiu no caminho dos missionários uma novidade. Certa moça possessa de mau espírito, usada como MÉDIUM por indivíduos inescrupulosos e exploradores da parte ignorante e superticiosa da cidade, começou a acompanhá-los e a proclamar que eram realmente SERVOS DO DEUS ALTÍSSIMO. Isto se repetiu por dias seguidos. A princípio, Paulo não deu importância ao caso, tomando-o, talvez, como ato de uma pessoa demente; todavia, percebeu, mais tarde, que estava frente a um grande inimigo de Cristo, quase sempre disfarçado em amigo. E resolveu o problema com energia, expulsando da MÉDIUM o espírito maligno e curando-a desse mal tremendo.

Note-se que o testemunho da moça pitonisa era, aparentemente, valioso.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)
Testo de ASSIS FERREIRA DA SILVA