sábado, 5 de junho de 2010

PAULO EM FILIPOS



(SEGUNDA PARTE)

O texto bíblico do FATO deste número se encontra no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 16, versículos 16 a 34, que tem como texto central; "CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, TU E TUA CASA" (Atos 16:31).

Inicialmente, queremos pedir desculpas a você prezado leitor pelo erro que cometemos no número anterior quando colocamos PAULO EM CORINTO. O CORRETO É PAULO EM FILIPOS. Os demais escritos estão corretos.

Agora, dando continuidade ao FATO DE PAULO EM FILIPOS observamos que o testemunho da moça pitonisa era, aparentemente valioso.

Ela, com os seus gritos públicos, chamava a atenção do povo para os missionários. Era um anúncio grátis da obra... Falava em altas vozes um testemunho verdadeiro. Não eram palavras de desprezo, de achincale ou de grosseiras tolices. Diziam mesmo o que eles eram e a missão alta a que se entregavam. De qualquer modo, a moça gritava às massas, atraia a curiosidade pública aos pregadores... Mas, tudo isso era falso. era tentação. Era arma do maligno. Repetia o diabo o seu antigo método de alcançar, de algum modo, o direito de aliança, de sócio e de auxiliar da causa santa. Repetia a tentação do deserto: "Tudo te darei se, postrado, me adorares", se me tomares como colega e companheiro no trabalho...

Entretanto, Paulo, orientado pelo divino Espírito, reconheceu o dedo oculto do inimigo e o repeliu formalmente. Fez muito bem. A causa de Jesus não tem nada com as trevas; mesmo quando se apresentem mentirosamente como luzes de bondade e até de piedade, são armadilhas. Recebesse Paulo o testemunho da médium, ficaria identificado com aqueles que exploravam a superstição das massas; seria apenas mais um sócio dos ilusionistas e médiunistas da cidade, bastante conhecidos... O Evangelho seria comparado à crença dos pagãos e perderia todo o seu valor e nobreza.

Lembre-se, prezado leitor, de que o diabo faz assim. Uma de suas astúcias é vestir-se de ovelha, de cristão, de amigo, de "pastor", de "defensor da fé", de proclamador gratuito do Cristianismo para, no fim, rebaixar a causa gloriosa.

Sirva o exemplo de Paulo de advertência a todos os que pregam o Evangelho... Alianças fáceis com credos estranhos; amizade com doutrinadores de todas as formas; tolerância a tudo quanto é ensino "de fora"; apoiar grupos que se vão formando mesmo dentro da igreja, a título de "consciências feridas", tudo isso é o demônio de Filipos, é a mentira do adversário solene...

III - SEGUNDA DIFICULDADE

Barrado o inimigo na sua primeira investida contra o Reino em marcha, na grande cidade, "miniatura da capital romana", pôs ele em campo novas forças.

Agora usou a perseguição. De fato, os donos do negócio, que ludibriavam a boa fé dos incautos, usando a pobre moça obsedada, vendo perdida sua fonte de renda, com a cura da jovem adivinhadora, reuniram-se e, com mentiras e calúnias, prenderam a Paulo e Silas e os levaram à justiça romana, tendo o apoio da grande multidão exaltada. Prendendo os dois missionários, açoitaram-nos vigorosamente e os mandaram para o cárcere, como se fossem dois delinquentes célebres.

É importante notarmos aqui, prezado leitor, a astúcia dos perseguidores. Antes de tudo, frisaram que os dois presos eram estrangeiros: "estes judeus..." (conforme versículo 22). Despertavam, assim, o antigo e inveterado ódio de raça contra os pobres missionários. Depois, mentindo, argüiram que eram perturbadores da ordem (o maior crime naquele e nos nossos tempos, contra o regime vigente de uma nação); e, além disso, eram pregadores de "costumes" proibidos, isto é, ritos e crenças que as leis romanas tinham como ilícitos.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)
Texto de ASSIS FERREIRA DA SILVA

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