sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PAULO EM ÉFESO

Segunda Parte
O texto bíblico do FATO deste número se encontra no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 24, versículos de 01 A 27, que tem como texto central: "POR CAUSA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS É QUE EU ESTOU SENDO JULGADO POR VÓS" (versículo 21).

III - RESPOSTA ESMAGADORA

Chegada a vez do acusado falar, esse tomou posição e, serenamente, discretamente, desenvolveu uma defesa realmente esmagadora. Paulo apanhou, uma a uma, as acusações, esmerilhou-as, triturou-as, esbagaçou-as e deixou patente quanto eram nulas e falsas todas elas.

Em síntese, Paulo apresentou sua defesa de forma conscienciosa e sublime. Apreciemos a defesa de Paulo:

1 - A introdução se encontra nos versículos 10 a 21. O acusado iniciou seu discurso de forma muito cortês e verdadeira. Tratou o seu juiz com a devida atenção e elogios que merecia, mas de uma forma sincera, honesta e simples sem ter caído na nojenta hipocrisia de seu acusador. Eis a introdução do apóstolo: "Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação...". Félix fora nomeado procurador em 52 A.D., de modo que fazia já uns seis anos que governava. Isto foi tempo bastante para o caso, considerando como eram instáveis os procuradores naqueles tempos. Assim, seriam dez anos os da jurisdição de Félix, tempo bastante justificativo dos "muitos anos" de que falou Paulo.

"Com bom ânimo faço a minha defesa...". O defensor queria dizer que perante um juiz com tantos anos de experiência na vida dos judeus e da Judéia, só podia esperar ser bem compreendido nos fatos que iria expor, pois não estava perante um neófito nestas questões nem perante um estrangeiro.

2 - Resposta à Primeira Acusação (versículos de 11 a 13)

"Não mais de doze dias"; por isso, Félix podia facilmente averiguar os fatos todos. "Que subi a Jerusalém a adorar". O verbo ADORAR significa "beijar a mão de alguém" em sinal de reverência. Entre os orientais, era "ajoelhar e tocar o chão com a testa", como expressão de reverência profunda; daí, "homenagem e adoração" para com Deus. Era exatamente o oposto de levantar sedições e tumultos. A declaração de Paulo era em si mesma resposta a cada uma das acusações - reverência e não insurreição; conformidade com a fé e não heresia; adoração e não profanação.

" E não me acharam no templo falando com alguém". Isto é, suscitando questões ou disputas que podiam excitar tumultos. Ele era adorador pacífico. "Nem amotinando o povo". A multidão ao redor de Paulo, no templo, foi reunida pelos inimigos e não por ele mesmo. A acusação contra Paulo era semelhante a que Acabe fez a Elias, de que este era causa da fome que, realmente, era oriunda dos próprios pecado de Acabe. "Nas sinagogas". Plural, porque havia muitas na cidade. Os atos de disputar e levantar motins são negados com referência a estes três lugares: o templo, as sinagogas e a cidade.

"Nem tão pouco podem provar as cousas" que, não só "em Jerusalém mas também em todo o mundo", ele tinha levantado sedição. Nem mesmo tentaram provar ou apresentar testemunhas. a única acusação que era séria perante a lei romana fora assim posta fora do tribunal e anulada.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)
Texto de Assis Ferreira da Silva

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