sábado, 27 de março de 2010

PAULO EM CORINTO

(PRIMEIRA PARTE)

O texto bíblico do FATO deste número se encontra em 1 Coríntios, capítulos 10 a 13, cujo versículo básicos é: "Mas agora permanecem estes três: a fé, a esperança e o amor, porém o maior destes é o amor (1 Coríntios 13:13)".

I - INTRODUÇÃO

Da cidade de Atenas, centro de cultura, seguiu o Apóstolo Paulo até Corinto, centro de comércio e de mundanidade. Aqui esteve o ilustre missionário e, num fecundo ministério de ano e meio, estabeleceu uma forte igreja evangélica. Contudo era a Capital da Província Proconsular da Acaia, situada no estreito e movimentado istmo de Corinto, ligando o Poliponéso à Grécia. Em Corinto haviam duas baías famosas, que dominavam todo o comércio do norte e do sul, recebendo por mar carregamentos ricos da Europa e da Ásia. Cerca de 400.000 almas eram a sua população, toda cosmopolita. Haviam judeus em bom número, expulsos de Roma pelo Imperador Cláudio.

A primeira carta aos Coríntios foi escrita à Igreja por volta dos anos 56-57 A. D., de Éfeso, tendo como objetivo principal dar resposta a vários problemas que os crentes de Corinto haviam submetido às decisões do apóstolo.

Para maior conhecimento dos assuntos versados por Paulo nesta epístola, damos abaixo um resumido esboço dessa carta, adotado pelo piedoso e erudito Dr. Robertson:

1 - A DIVISÃO DA IGREJA - do capítulo 1:10 e 4:21.

2 - AS PÉSSIMAS PRÁTICAS DOS MEMBROS DA IGREJA - capítulos 5 e 6.

3 - QUESTÕES RELATIVAS AO CASAMENTO - CAPÍTULO 7

4 - CARNES OFERECIDAS AOS ÍDOLOS - capítulos 8 a 10.

5 - ALGUNS ABUSOS NO CULTO PÚBLICO - capítulos 11 a 14, assim divididos:

a) - O toucado de homens e mulheres na Igreja - capítulo 11.1-16.

b) - O comportamento na ocasião da ceia do Senhor - capítulo 11.17-34.

c) O orgulho e a inveja em comparação com os dons brilhantes - capítulos 12 a 13.

d) Erros concernentes à ressurreição, corrigidos, e a doutrina da mesma explicada - capítulo 15.

e) Vários assuntos práticos e pessoais - capítulo 16.1-18.

f) Saudações e despedidas - capítulo 16.18-24.

II - O AMOR (1 CORÍNTIOS 13)

A - A vida sem amor é vazia- Qualquer conquista sem o amor é vã. Faz com que o cobiçado poder da oratória em muitas línguas, embora o que o conseguisse excedesse a todos na elevação do pensamento, na elegãncia do estilo e na eficiência da dicção não passsse de um ruído sem valor algum.

1 - Os dons sem amor não têm valia. Tornam inútil o mais alto poder interpretativo, a penetração enigmática, o conhecimento variado e até a fé que opera maravilhas.

2 - A beneficência sem o amor para nada aproveita. Em vão fará alguém o maior sacrifício a ponto de se despojar das suas riquezas pelos pobres e sofrer o martírio por um princípio, se for inspirado por um falso orgulho, por uma glória pessoal ou pela esperança mal dirigida, ao invés de pelo amor a Deus e aos homens.

B - A vida de amor resplende no espírito e no serviço

1 - Sua caridade é fundamental . Negativamente, inspira clemência para com as falhas de outrem e sofrimento paciente para com as ofensas deles. Positivamente, é plena de bem praticado aos outros.

2 - Seu contentamento é belo, pois não conhece nem a inveja nem o ciúme.

3 - Sua humildade compreende um quadro de virtudes gêmeas: não se gloria de si mesma e nada a pode impelir a isso; não é nunca descortês aos outros e não exige tudo a quem tem direito; domina o mau gênio e na sua benignidade faz todas as concessões possíveis; não se compraz com a tagarelice, mas regozija-se com a proclamação e progresso da verdade; vai ao encontro da dificuldade com paciência, da descrença com amável confiança, do desespero com a esperança, do desastre com a perseverança.

4 - Sua interminabilidade está em contraste palpitante com os dons e graças temporários, a saber: o poder e cumprimento de profecias, o dom de línguas e as verdadeiras formas de linguagem; e o próprio conhecimento que, aqui mesmo na terra, é substituído por outro ainda mais elevado e na eternidade pelo conhecimento mais sublimado possível.

(CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO)

Texto de ASSIS FERREIRA DA SILvA extra;ido de http://www.folhadoassis.xpg.com.br

sexta-feira, 19 de março de 2010

Comentando as Parábolas de Jesus O Fermento na Massa


Mateus 13.33
33. Disse-lhes, por fim, esta outra parábola. O Reino dos céus é comparado ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa.

Nesta parábola Jesus nos quer mostrar a força transformadora da Palavra de Deus na vida de todo aquele que crê. Basta um pouquinho de fermento para que o pão seja multiplicado.
Basta um simples gesto de amor, de atenção e de carinho acompanhado da mensagem de Deus para que o coração de uma criatura seja contaminada pelo poder do Criador.
A presença deste fermento é de fundamental importância para que a transformação possa ocorrer. Sem ele, nada pode acontecer.
Como o levedo não pode transformar a farinha na mesma hora em que nela é posto, assim também é o Reino dos Céus: o homem não se pode transformar, de simples e ignorante, em elevado e sábio de uma hora para outra.
As modificações ocorrem de maneira semelhante na vida daqueles que crêem. Uma vez misturado à farinha o fermento começará a agir e a provocar o crescimento da massa.
Com os que recebem a Palavra de Deus dá-se o mesmo. A sua vida se desestabiliza e muda de rumo e de sentido. Nada será como era antes. Uma nova luz se abre ao seu caminho e novas dimensões refazem o sentido de sua vida.
Antes do fermento da mensagem de Deus a vida era insossa, sem sentido, sem esperança, sem futuro, vazia, instintiva e animalizada. Uma vez fermentada um novo colorido alegra e ilumina o viver de cada criatura.
Os ingredientes que antes eram estáticos em si mesmos, uma vez misturados são dominados por uma energia transformadora que vem do alto.
É a força transformadora do Evangelho que irá transformar a vida de cada ser humano. Cada um daqueles que crêem deve se tornar também fermento a serviço do crescimento do Reino dos Céus. “Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo. Se o sal perde o seu sabor, para nada mais serve e pode ser jogado fora para ser pisado “ e se a luz não fornece a sua claridade o mundo continuará nas trevas. Devemos agir como este fermento que possui força transformadora que procede do Pai. Devemos anunciar a Boa Nova de Deus e dar os melhores exemplos, com atos positivos, para aumentar a fé em todas as pessoas que acolhem a Palavra de Deus.
Os fermentos da fé são o anúncio das verdades do evangelho, a vivência do amor fraterno, a prática da solidariedade e da misericórdia com todos aqueles que sofrem, o compromisso permanente com a verdade, com a justiça, com a paz em favor de nossos irmãos, a partilha e a comunhão do pão vivo descido do céu. Fazer ao próximo tudo aquilo que gostaria que ele nos fizesse.
Só quando agimos desta maneira é que Deus toca o coração dos homens para transformar suas vidas. Agindo assim seremos sal da terra, luz do mundo e fermento que transforma vidas.
Pesquisando na internet encontramos no site www.igrejasiao.com/portal/index o interessante estudo a seguir :
Mateus 13:33
Introdução
Jesus através da parábola do fermento nos ensina sobre o poder da contaminação. Assim como o fermento contamina a massa preparando-o para o bolo, assim o reino de Deus dentro de nós; ele nos contamina, nos transformando em novas “massas”, ou seja, novas criaturas.
A parábola
Jesus compara o reino de Deus como o fermento numa massa. Mateus 13.33. Ele começa dizendo que o reino de Deus é semelhante ao fermento que uma mulher escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado. Jesus não explica essa parábola, mesmo porque é muito simples o seu entendimento. Observe os ensinamentos que podemos extrair:
Lição.
O reino dos céus
O reino era algo muito almejado pelos judeus, pois a vida inteira eles estiveram sob o domínio de outros povos, e isso fez com que, aguardassem desde os primórdios de Moisés um reino temporal político e soberano. “Reino” na verdade significa domínio e poder, soberania. Mas, o reino o qual, Jesus veio implantar na terra, não era um reino como os judeus esperavam, ou seja, um reino físico, político e geográfico, mas um reino de natureza espiritual, que aconteceria dentro do coração das vidas, das pessoas. É preciso que observemos que, sem Jesus na vida, o homem é guiado e conduzido pelas suas vontades. O “eu” é o nosso soberano; o centro de tudo, mas depois que entendemos a vontade de Deus, o “eu” deixa de ser o “senhor” para dar lugar ao Senhor Jesus. O reino de Deus, portanto não acontece num pedaço de terra, não se trata de um espaço físico; se existe um lugar, podemos dizer que este lugar é o coração das pessoas. Na oração ensinada por Jesus, ele pede que oremos pedindo: “venha nós o teu reino” – Mateus 6:9-15. Mas, como acontece o reino de Deus? O fermento simboliza neste contexto o evangelho de Jesus, ou seja, a sua palavra. Por isso, assim como o fermento tem o poder de contaminar uma massa inteira e torná-la volumosa, assim o evangelho na vida de uma pessoa - tem o poder de contagiar toda a estrutura humana; transformá-la em uma natureza nova. Mas, como é isso na prática? Isso funciona assim: todo o nosso comportamento, nosso estilo de vida o nosso jeito de pensar, não mais obedecem ao instinto do nosso “eu” – mas, obedecem aquilo que os evangelhos nos ensinam. Nas bem-aventuranças – Mateus 5.1-48 e 6.1-34 é possível se ter uma idéia do padrão de vida ensinado por Jesus. Nesse sermão Jesus, nos ensina amar até mesmo os nossos inimigos, orar pelos que nos perseguem. E nos ensina a sermos pacificadores, e não sermos ansiosos, etc.
A medida certa!
Ninguém que se propõe a fazer um bolo o faz de qualquer jeito sem saber ao certo o tamanho do pão e do bolo. O padeiro já sabe a medida certa de farinha, o contrário ele pode estragar a massa. Todos que lidam com massa de pão e de bolo, sabem qual a medida exata de farinha e de fermento; não pode ser mais e nem menos, pois o objetivo pode não ser alcançado. Por isso as três medidas de farinha mencionados na parábola, podem ser interpretadas da seguinte maneira:
Ingredientes
1)A primeira medida de farinha, é a nossa abertura para Jesus agir dentro de nós. Sem abertura, sem uma verdadeira entrega, não pode acontecer à levedura.
2)A segunda medida de farinha, é a nossa vida de oração. Aprenda a ter uma vida de intimidade com Deus. Se você não orar, você pode morrer espiritualmente. A oração sustenta a vida com Deus assim como o fermento sustenta a massa. Você pode orar em casa, no seu quarto; como pode orar com os demais irmãos na igreja, mas nunca deixe de orar. Orar é experiência com Deus e não um ato de devoção.
3)A terceira medida de farinha, é nossa dedicação ao estudo da Palavra de Deus. Não basta dizer sim a Deus, nem tão pouco orar, isso muitas pessoas fazem. As medidas de farinha só terão seus efeitos se a terceira medida for colocada na massa. Estudar a Palavra de Deus.
Importante
Você pode seguir o estudo do jeito que está aqui no programa. Mas fique a vontade para enfatizar aspectos que foram abordados. Por exemplo, quantas coisas podem ser exploradas nas “bem-aventuranças” ou nas medidas de farinha. Você pode enriquecer o estudo trazendo outros textos para explicar a importância da

sábado, 6 de março de 2010

Comentando as Parábolas de Jesus O Grão de Mostarda

Mateus 13.31,32

31. Em seguida, propôs-lhes outra parábola: O Reino dos céus é comparado a um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo.
32. É esta a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos.

Jesus nos ajuda a distinguir nesta parábola as verdadeiras dimensões das coisas e a sabedoria das escolhas inteligentes.
Neste mundo as pessoas se deixam levar pela grandeza e suntuosidade das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, dos haveres.
A relevância está colocada no tamanho do espetáculo. Mais vale quem tem o maior carro, a mansão mais suntuoso, a aparência mais exuberante, os poderes sem limites. Mega show, mega fortuna, mega salário, mega sena.
Jesus contrapõe a esta mania das grandezas o valor aparentemente insignificante das pequeninas coisas; de uma semente de mostarda. É próprio das coisas do alto o apreço pelas coisas simples, pelos gestos misericordiosos, pela humildade, pelas pequeninas escolhas. Vim para que todos tenham vida, principalmente os pobres, os simples, pelos humildes, pelas criancinhas, pelos puros de coração, pelos misericordiosos, pelos pacificadores, pelos pobres de espírito porque estes são os filhos diletos do Pai. Vim para libertar os cativos, curar os doentes e proclamar o ano da graça de Deus.
Assim nos adverte para não nos deixarmos empolgar vaidosamente com as coisas exuberantes, com as honrarias dos homens, com os haveres da terra. É no extremo oposto que poderemos encontrar o dedo de Deus nos apontando para o infinito.
Ele nos convida a tomar a insignificante sementinha de mostarda e a semear em nosso campo, que é nosso coração e permanecer confiantes porque ela vai se tornar logo, logo, um arbusto grandioso e generoso onde os pássaros vão encontrar o seu abrigo.
Afeiçoar às coisas do alto, onde as traças não destroem e nem a ferrugem consome. Afeiçoar às pequeninas coisas, aos gestos simples e generosos, à solidariedade, à partilha, ao bem-querer, à mansidão e à ternura porque são estas as coisas que mais agradam a Deus.